Renato acorda em sua cama de palha. A luz modesta da manhã entra em sua oca pelas janelas circulares, tocando o chão de barro. Ele se senta e percebe que está ereto dentro de sua fralda. Ele suspira e tenta se acalmar, se esforçando e se concentrando para reprimir a vergonhosa excitação. Quando sua ereção desaparece, ele se levanta e se espreguiça. Diferente dos outros dias, havia uma pessoa dormindo ao lado de Renato. Uma guaxinim respirava calmamente dentro de um saco de dormir, com seus óculos descansando ao lado de sua cabeça. Ela aos poucos abre os olhos e abre o saco de dormir, sentando-se logo em seguida. - Bom dia, Rosalina - disse Renato, olhando para ela. - Bom dia, Renato - responde a guaxinim. Renato tenta não olhar muito para Rosalina. - Lembre de tirar seu saco de dormir do chão - disse Renato. - O barro já deu alergia em outros visitantes. Rosalina sai do saco de dormir e o enrola, depois o põe na mochila de suprimentos, que estava encostada à parede circular de madeira. Quando Rosalina ajustava a mochila, Renato não pode evitar olhar pra ela. Ele admirou seus quadris e pernas, mas apenas por um curto período. Ele olhou novamente em outra direção, não querendo dar ocasião à luxúria. Rosalina chegara à vila no dia anterior e, não tendo um lugar seguro onde dormir, Renato a acolheu em sua oca. Mas Renato tem sido casto desde um incidente no ano anterior. Ter uma jovem adulta perto dele, com um corpo em ótima forma, lhe trazia horríveis memórias e o lembrava de como ele tinha fome de afeto. Renato olhou para Rosalina mais uma vez e, de repente, não conseguia mais deixar de olhá-la. Seu desejo por ela crescia cada vez mais. Rosalina, ao terminar de ajeitar a bolsa foi em direção a Renato, o qual reparou que ela não havia se banhado desde que chegara no dia anterior. - Você não quer se banhar? - Renato perguntou, parcialmente agindo por interesse próprio. Sua consciência já começava a doer. Que tipo de pergunta era aquela? - Boa sugestão - diz Rosalina, sorrindo. - Onde eu posso me banhar? - Tem um rio aqui perto - respondeu Renato. - Todos tomamos banho lá, por vezes em grupo. Mas, a esta hora, ninguém estaria lá. A água pode estar fria... - Bom, mas eu posso me agasalhar. Eu me sinto mesmo suja. Pode me levar até lá? O coração de Renato começou a correr. - Claro - ele respondeu, com a cara séria como de costume, conseguindo esconder suas verdadeiras emoções. Reparando os seios de sua visitante, Renato sentiu uma coceira na gengiva, onde um dente estaria nascendo. Ele colocou o polegar na boca e começou a chupá-lo enquanto Rosalina se dirigia à porta. Quando ela chegou à saída, ela olhou para Renato, o qual ainda estava parado, em pé. Renato, ao encontrar o olhar dela, imediatamente puxou ruidosamente o polegar da boca, envergonhado. Rosalina sorriu afavelmente e Renato, corado, olhou para os próprios pés. - Estamos perdendo tempo - disse Renato. - Perdoe-me. Eles andaram para fora da oca. O vilarejo tinha sete ocas, de igual tamanho, construídas ao redor de uma horta comunitária. Do outro lado do vilarejo, havia uma trilha por entre as árvores altas, que levava ao rio. Logo após saírem da oca, Rosalina põe seus óculos. Eles vão até a trilha e a seguem, até o rio. O rio é raso, bem transparente, muito largo. Sua profundidade era de um metro e meio, sua largura era de quinze metros. A água era fria. Renato olha Rosalina, a qual o olha de volta. - Eu tenho que vigiar você - disse Renato. - Os habitantes dos outros vilarejos podem querer atacar você porque você é estrangeira. Rosalina sorri cordialmente. - Tudo bem - ela diz. - Não se importe comigo. Ela começou a tirar suas roupas, logo ficando completamente nua. Renato se forçou a dar-lhe as costas. Ela começou a se banhar, conversando com Renato, o qual não olhava pra ela. - Eu tive sonho noite passada - ela disse. - Nesse sonho, eu acariciava um filho que parecia muito com você. Renato ouvia silenciosamente. - Mas eu - ela continuou. - tinha um cabelo diferente, era mais velha e usava roupas mais antigas. - Sonho interessante - Renato comentou. - Você acredita em vidas passadas? - Acredito que os espíritos dos sábios anteriores orientam minhas escolhas como guia espiritual do vilarejo. Rosalina continuou a se lavar, passando as patas sobre os seios. - Eu acredito em vidas passadas e acredito que meus sonhos se relacionam com o que eu vivi em outras vidas - disse Rosalina. - Eu não esperava que pesquisadores tivessem crenças como essas - disse Renato, se sentindo sinceramente tentado. Ela saiu do rio e pegou a toalha que tinha trazido consigo, enxugando-se e então vestindo-se. Renato se aventurou a olhá-la. - Terminaste? - ele perguntou. - Sim - ela disse, se aproximando de Renato e abraçando-o. - Obrigado por me proteger. Renato corou e ficou em dúvida se devia abraçá-la de volta ou não. Mais tarde, naquele dia, Renato anda pelo vilarejo, observando os outros aldeões, vendo se eles não precisavam de ajuda em alguma coisa. A maioria dos aldeões que construiram aquela vila estavam procurando refúgio por crimes cometidos nos locais onde eles nasceram. Ali, com a assistência de Renato, eles podiam se curar de seus erros passados, se tornando novamente boas pessoas. A única exceção era Marcus, um cocatriz, o qual foi admitido no vilarejo porque se perdera de seus pais. Marcus estava cuidando do jardim, vestindo nada além de sua fralda. Renato se aproximou e perguntou: - Precisa de ajuda? Marcus olhou para Renato e sorriu para ele, antes de dizer: - Eu posso lidar com o jardim sem problemas. Mas quando sai a comida? Renato então lembrou que ele deveria ter procurado frutas. Ele era encarregado de prover o aldeões com o desjejum. Havia grãos em sua casa, mas as frutas tinham que ser colhidas frescas diariamente. Ele assentiu, foi para casa pegar um alforge e depois à floresta procurar frutas. Enquanto o fazia, seus pensamentos se voltavam espontaneamente para Rosalina. Ele quase não podia se concentrar... Quando ele voltou para o vilarejo, carregando as frutas no alforge, os outros animais o saudaram. Ele acenou para os outros e chamou algumas fêmeas para preparar comida com ele. Elas entraram na oca de Renato e começaram a preparar a comida em panelas de barro. A primeira refeição do dia consistia em arroz, feijão e as frutas. Enquanto preparava comida com as fêmeas, Renato pensava sobre Rosalina. Mesmo que ele admitisse que tinha uma atração física por ela, ele sentia que não devia agir de acordo com essa atração. Isso porque ele teve uma péssima experiência com outra fêmea adulta em outro vilarejo. Ele nunca superou aquele trauma... Quando seus sentimentos fugiram do controle, ele começou a negligenciar seus deveres como guia espiritual. E a fêmea que atraiu Renato naquela época tinha, na verdade, sido mandada pelo povo de outro vilarejo, o qual lutava por território. A fêmea, ao distrair Renato de seus afazeres como líder, permitiu que seu povo aproveitasse uma dissensão no exército de Renato para atacar o vilarejo dele. Renato foi culpado pelo que aconteceu e então exilado. Ele sentia que sua vontade de ter um substituto pra sua mãe, uma vontade eroticamente carregada, era um risco para alguém em uma posição de poder. Quando ele foi admitido no vilarejo onde ele agora reside, ele rapidamente mostrou aptidão para presidir o lugar e ascendeu ao status de guia espiritual também naquele vilarejo. Alguns aldeões sentiram que aquilo era um problema, porque antes as decisões eram tomadas em grupo, ao passo que agora seriam tomadas por uma pessoa só. Apesar do clima tenso, eles aceitaram a direção de Renato. Renato, porém, ainda se sentia mal pelo que aconteceu no seu antigo território e resolveu legislar não apenas contra seus impulsos, mas contra os de qualquer outro. Sua primeira lei foi regulação sexual. Aqueles que achavam que instituir Renato como a autoridade máxima da vila era uma má ideia perderam imediatamente a paciência. Argumentavam que ninguém precisava daquela lei e o fato de que havia sido a primeira a ser escrita por Renato mostrava que tipo de líder ele era. Vendo que havia feito besteira, Renato revogou a lei, mas, ainda assim, vários animais deixaram o vilarejo naquela noite. Renato resolveu que impor seu medo à população através de uma lei não daria certo, então ele resolveu agir como um modelo de comportamento. Talvez se ele levasse uma vida casta, os aldeões desejassem imitá-lo mesmo na ausência de uma lei. Foi assim que começou sua repressão sexual, a qual já estava difícil manter antes de Rosalina chegar. Rosalina estava perdida, depois que sua caravana fora atacada. Ela iria atender a um simpósio de psicologia em uma cidade distante, mas tinha que atravessar a floresta primeiro. Depois do ataque, Rosalina andou sem rumo pela floresta até achar o vilarejo do Renato. Agora que Rosalina estava abrigada ali, Renato sentia que havia grande risco de ele repetir erros passados. Quando a comida estava pronta, Renato foi pra fora da oca. Os grãoes e as frutas foram colocados em pratos de argila. A comida exalava um cheiro estranho... A princípio, os aldeões estavam receosos de comer a mistura, mas eles confiaram em Renato. Todos comeram, apesar do cheiro e do gosto estranhos. Renato também comeu. Não demorou até que Renato percebesse que ele estava tão distraído por causa de seus pensamentos voltados à Rosalina que ele havia pêgo frutas venenosas. Todos os aldeões, naquela tarde, tiveram diarreia. Renato inclusive. Nenhum dos animais podia trabalhar o jardim, construir a ponte para atravessar o outro rio e nem guardar os poços. Estavam todos ocupados atrás dos arbustos. Renato teve que guardar os poços de água ele mesmo, tolerando a vontade de fazer cocô... As fontes eram ao oeste. Eram cinco poços, dos quais se poderia tirar água potável. Renato estava sentado, olhando pra eles, sentindo seu intestino rugir de frustração, enquanto ele se amaldiçoava por deixar Rosalina encher seus pensamentos enquanto ele performava tarefas importantes. De repente, ele ouviu passos vindos da trilha que leva ao vilarejo. Era Rosalina, a qual estava muito bem por ter comido de suas provisões. - Sinto muito pelo que aconteceu – ela disse. Renato tentou não olhar muito para ela, a fim de não deixar sua luxúria levar novamenete a melhor sobre ele. Rosalina se sentou ao lado de Renato, no chão coberto de folhas secas. - Não se preocupe – disse Renato. - Logo ficaremos todos bem. - Você tomou todas as responsabilidades do povo por hoje – disse Rosalina. - Você, por acaso, gostaria de ter ajuda. Renato afagou sua barriga dolorida. - Ai, ai... - ele suspirou. Rosalina rapidamente entendeu o que se passava, mas não fez comentários. Ela ficou quieta, esperando pra ver o que Renato diria. - Eu preciso pagar pelo meu erro – disse Renato. - Eu causei isto. Agora, eu preciso sofrer as consequências. - Você é muito duro consigo mesmo – disse Rosalina. -, mas é admirável sua força moral. Ela se levantou. - Eu te esperarei na oca – ela disse. Com isso, Rosalina se retirou pela trilha. Renato se levanta pouco depois e vai até as árvores, onde ele encontrou um galho caído, grosso e longo o bastante para ser talhado como um cajado. Ele pegou uma pedra e confeccionou o cajado enquanto guardava as fontes. O sol estava quase posto e a barriga de Renato estava extremamente cheia. Ele estava sentado numa pedra, afagando-a para acalmá-la, mas se segurar era doloroso e lhe dava tremores. Seu cajado recém-confeccionado repousava ao lado da pedra. Ele ouviu passos novamente e olhou na direção da trilha, vendo Rosalina outra vez. - O sol está quase posto e o povo precisa de você pra oração noturna - ela disse. Só então Renato percebeu que a noite chegava. Ele não podia fazer a oração com o intestino entupido, especialmente considerando que ele estava à beira de se sujar. Rosalina sentou-se ao lado dele. - Você sabe que pode usar um arbusto, né? - ela mencionou, finalmente. - Estou me punindo - Renato respondeu. Rosalina deu um risinho. Mesmo que Renato parecesse bastante masculino para sua idade, ela não podia evitar reparar como sua severidade excessiva era uma graça. - Posso perguntar o que há de errado? - ela perguntou. - Eu percebi que os animais daqui te têm em alta estima e vivem falando de sua sabedoria e habilidade de compreender a Terra. Eu não vejo muito disso. - Sinceramente... - Renato olhou para Rosalina e hesitou. Ele suspirou profundamente, ainda esfregando a barriga irritada. - Sinceramente, você meio que me distrai - ele confessou. Rosalina não esperava aquilo. Ela piscou perplexa e perguntou: - Como? Renato olhou para seus pés. Ele estava nervoso demais pra explicar. - Te direi quando eu estiver pronto - Renato respondeu, sentindo que esconder seus sentimentos seria contraprodutivo. Rosalina imaginou que Renato, sendo ainda jovem e sem mãe, tinha sentimentos mistos em relação a ela. "Provavelmente", ela pensou, "ele quer se aproximar de mim, mas não quer parecer fraco." Rosalina se levanta e sai. Naquela noite, após a oração, Renato foi pra sua oca e sentou na cama, segurando sua barriga cheia. Ele não se aliviou desde aquela manhã e sabia que sua fralda já estava um pouco suja. Sua cara mostrava grande desconforto. Rosalina entrou logo após e viu o problema de Renato. Ela se aproximou e sentou-se a frente dele. O gambá envergonhado olhou noutra direção. - Você vai se machucar se continuar - disse Rosalina, olhando pra ele. Rento não respondeu, apenas continuou olhando noutra direção. Sua barriga rosnou alto e ele fez uma cara de dor, mostrando os dentes. Ele estava suado e trêmulo. Rosalina sabia do alto status de Renato, mas ela aproximou a pata da bochecha do filhote a acariciou. Renato se sentiu relaxado, mas apenas da cintura pra cima. - Seu suor está frio - ela disse, preocupada. - Por favor, pare com isso; é desproporcional. Marcus estava passando por ali quando percebeu a forasteira acariciando a face de Renato. Ele assistiu pela janela. Renato estava tão perto dela... Renato corou e sentiu sua emoções o apertarem. Ele achou que fosse chorar. - Tudo bem... - ele disse. - Eu vou me aliviar... mas eu preciso falar com você depois... Renato realmente queria pedir à Rosalina que tomasse conta dele, que fosse sua mãe e ficasse perto. Ele sentia muita falta de sua mãe. Renato se levantou, mas, ao fazê-lo, uma boa quantidade de cocô lhe saiu, bem em frente de Rosalina. Renato segurou seu bumbum e olhou pra Rosalina com uma expressão de choque. Rosalina não perdeu tempo, pegou Renato e o levou pra fora. Marcus deixou a janela. Quando chegou aos arbustos, Renato apressadamente desfez o nó que mantinha sua fralda amarrada. A vergonha de se aliviar na frente de sua amada, o impediu de ficar ereto após ser segurado como um bebê. Nu, ele se agachou. Rosalina se virou e olhou em outra direção. Finalmente, Renato deixou a natureza seguir seu curso. Enquanto se aliviava, Renato sentiu vontade de chupar o dedo novamente. Ele chegou a fechar a pata e estender o polegar, mas não o levou à boca. Quando Renato acabou, ele se levntou. - É melhor eu me lavar - ele disse. - No rio? - Rosalina perguntou. - Sim... volto logo... Renato sai, ainda angustiado. Ele entra no rio, lava a fralda e a si mesmo, então volta pra oca, vestindo nada. A fralda fora posta para secar ao lado do rio. Embora Renato seja rígido em relação ao seu desejo sexual, ele não tinha os mesmos pudores em relação à simples nudez, a qual ele via como natural. Qundo ele entrou, ele achou Rosalina sentada em seu saco de dormir, esperando por Renato. - Vai me dizer o que te incomoda? - ela perguntou. Renato sentou-se em sua cama de palha e derramou seu coração para Rosalina, sobre seu passado, sobre seus sentimentos em relação à jovem moça, mas sem jamais olhar para Rosalina. Renato, durante todo o discurso, apenas olhava para o chão. Rosalina ouviu tudo cuidadosamente e, quando Renato acabou, fez-se longo silêncio. Rosalina disse depois de um minuto inteiro: - O fato de ter acontecido uma vez não implica que o mesmo se sucederá todas as vezes. Você não precisa ter medo de sentimentos que não são inerentemente ruins. - Eu sinto que estou usando essas mulheres pra substituir minha mãe - disse Renato. - No fim das contas, eu não as amo. Eu amo minha mãe e a quero de volta. - Você sabe que ela não voltará. Sua atração física é legítima. Se fosse apenas uma forma indireta de amar sua mãe, de maneira incestuosa, devo acrescentar, isso não te incomodaria tanto, porque a memória de sua mãe bastaria. Outros podem sentir atração física por você, talvez sem amor. Se o sentimento for mútuo, você estaria se preocupando demais, especialmente se toda a lei do vilarejo é escrita por você. Renato seguia. - Eu acho que você está tenando encontrar desculpas morais pra não aceitar sentimentos de que você tem medo - disse Rosalina. -, mas você pode dizer a exata origem desse medo? - Antes de continuarmos, eu quero dizer que eu não temo fêmeas - disse Renato -, mas temo como eu reajo a elas. - Eu já percebi isso. - Eu tenho medo de ser manipulado - disse Renato, suspirando. - ou de ser alienado do meu povo. Rosalina assentiu. Dava pra entender. Renato tinha pouca experiência com esses sentimentos. Tudo era resultado de uma armadilha disfarçada de primeiro relacionamento. "Ele foi explorado", Rosalina pensou. Renato sentiu seu coração correr e ele olhou pra Rosalina já com cara de arrependimento. Rosalina viu claramente o lado mais fraco de Renato através de seus lacrimejantes olhos azuis. O gambá queria perguntar algo, mas as palavras não saíam, só lágrimas. Instintivamente, Rosalina o pegou no colo. Renato tentou lutar, mas não podia fazê-lo direito por temer machucá-la. Quando Renato deu por si, ele estava sendo abraçado. Aos poucos, Renato se acalmou, chorando aos ombros de Rosalina. Enquanto era abraçado, Renato teve que reprimir outra ereção que ameaçava se formar. Quando o abraço acabou, Renato vai, parcialmente ereto, até a porta da sua oca, usando sua cauda pra se cobrir. Rosalina foi deixada só no centro da oca, preocupada com o estado de espírito de seu amigo. Enquanto isso, Renato estava sinceramente reconsiderando sua posição em relação aos seus sentimentos. Rosalina estava preocupada e um pouco tímida. Ela então tentou perguntar: - Ao menos... - mas ela hesitou. Renato olhou para ela, curioso, mas ainda emotivo. - Nada, esquece – ela disse. - O quê? - perguntou Renato. - Masturbação. Renato olhou novamente para a porta. - Não – ele respondeu. -, jamais eu faria algo tão sujo. Não darei chance. Não era a hora certa para resolver o problema. Rosalina imaginou que aquilo também era autopunição. Sua renúncia à sexualidade era toda autopunição.